Síndromes associadas ao estrabismo

O estrabismo pode estar ligado a síndromes como Down, Moebius, Duane e Brown. Entenda como cada uma afeta os olhos e os principais tratamentos.

Anna Rue
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Síndromes associadas ao estrabismo: entenda as principais causas e características

O estrabismo é uma condição ocular em que os olhos não estão perfeitamente alinhados, podendo se desviar para dentro, fora, cima ou baixo. Embora possa ocorrer isoladamente, em muitos casos o estrabismo está associado a síndromes genéticas ou neurológicas que afetam o desenvolvimento dos músculos e nervos oculares.

Conhecer essas síndromes é fundamental para o diagnóstico precoce e o planejamento do tratamento mais adequado. Abaixo, explicamos as principais condições associadas ao estrabismo: Síndrome de Down, Síndrome de Moebius, Síndrome de Duane e Síndrome de Brown.

Síndrome de Down

A Síndrome de Down é uma condição genética causada pela presença de um cromossomo 21 extra. As crianças com essa síndrome têm maior predisposição a apresentar alterações oculares, incluindo estrabismo convergente (esotropia), miopia e astigmatismo.

O desalinhamento ocular pode se desenvolver nos primeiros anos de vida e requer acompanhamento regular com oftalmologista. O tratamento pode envolver o uso de óculos, terapia visual e, em alguns casos, cirurgia corretiva para alinhar os olhos e melhorar a visão binocular.

Síndrome de Moebius

A Síndrome de Moebius é uma condição rara de origem congênita, caracterizada pela paralisia dos nervos faciais e oculomotores. Os pacientes podem apresentar dificuldade para mover os olhos lateralmente, fechar as pálpebras e realizar expressões faciais.

O estrabismo é uma manifestação comum nessa síndrome, geralmente do tipo estrabismo convergente devido à limitação dos músculos responsáveis pelos movimentos horizontais dos olhos. O tratamento é individualizado e pode incluir cirurgia para reposicionamento muscular, visando melhorar a simetria e o campo de visão.

Síndrome de Duane

A Síndrome de Duane é uma alteração congênita da inervação da musculatura ocular. Ela pode ser do tipo quando paciente não consegue mover olhos para fora , tipo II mover olhos para dentro e tipo III para dentro e para fora. Pode estar associado a algum estrabismo ou posição viciosa de cabeça.

Durante o movimento ocular, o olho afetado pode se retrair levemente na órbita, e a fenda palpebral pode diminuir. O tratamento depende do grau de limitação e da presença de desvio em posição primária, podendo envolver cirurgia nos músculos oculares para equilibrar os movimentos e melhorar a posição dos olhos.

Síndrome de Brown

A Síndrome de Brown é uma anomalia do músculo oblíquo superior ou de seu tendão, o que restringe o movimento do olho para cima quando ele está voltado para dentro. O paciente pode apresentar um leve desvio ocular e inclinar a cabeça para compensar a limitação do movimento.

Em muitos casos, a síndrome é leve e não requer intervenção cirúrgica. Quando o desconforto ou o desvio são mais evidentes, pode ser indicada cirurgia para liberar o tendão e restaurar a amplitude normal de movimento do olho.

Importância do acompanhamento oftalmológico especializado

As síndromes associadas ao estrabismo exigem avaliação multidisciplinar, envolvendo pediatras, neurologistas e oftalmologistas especializados. O acompanhamento precoce com um estrabólogo é essencial para prevenir complicações, melhorar o alinhamento ocular e favorecer o desenvolvimento visual e motor da criança.

Em adultos com essas condições, o tratamento pode proporcionar não apenas melhora funcional, mas também ganhos estéticos e de autoestima, impactando positivamente na qualidade de vida.

Dra. Nathalia Raupp – Oftalmologista especializada em Estrabismo Infantil e Adulto

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